frenético movimento de pessoas
que gozam abundâncias de massas
postas em mesas ricas e fartas
restaurantes, bares,
lanchonetes, boates
o casal de mãos dadas sai do carro
o moleque adolescente aproxima-se
balbucia uma palavra inaudível
o olhar repleto de sentido
o menino olha para o casal
o casal olha para o menino
nada na mão
nada na boca
apenas saliva
ausência de vida
(mas o menino continua tentando...)
Autor: Lauro Sérgio Machado Pereira
Professor, além de bonito, seu poema traz o que acredito ser a sua verdadeira intenção: mostra o abandono, a fome, o egoísmo e a indiferença das pessoas frente ao caos apresentado... parabéns!
ResponderExcluirPrezada Elza,
ResponderExcluirObrigado pelo elogio ao poema. Tenha certeza de que ele realmente foi feito a partir de algumas observações que sempre faço quando saio nos sábados à noite em Montes Claros. Não consigo ser insersível ao que vejo e acabo transformando isso em arte. Abraço!
Interessante. Um relato da situação do país hoje. Falta a compaixão que já existiu no homem, talvez as circunstâncias tenha feito essa compaixão se trancafiar nos corações, infelizmente.
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