sábado, 11 de junho de 2011

Num Quarto de Hotel


Num quarto de hotel
Já bem tarde da noite
Sinto que sucumbo inerte
A doze horas de viagem e fel

Num quarto de hotel
A cidade é fria e quieta
O chuveiro que me esquenta
Remove crosta de suor e fel

Num quarto de hotel
Quando o dia amanhece
Sábado de sol que enrijece
A pele dos vendedores de pastel

Dum quarto de hotel
Vejo pelas grades da janela
Uma feira popular que se revela
Homens que seguram o chapéu

Dum quarto de hotel
Quando amanhece o domingo
Ainda vejo imaginário flamingo
A nadar no lago de calma e mel

Quando saio do quarto de hotel
Percebo muito triste aqui fora
As coisas mais reais sem demora
A chocar o meu olhar de fiel

Volto para o quarto de hotel
Quero de volta olhar pela grade
Da janela pintada em jade
Que me conduz ao gozoso céu

de

I . M . A . G . I . N . A . Ç . Õ . E . S

I . M . A . G . I . N . A . T . I . O . N




Autor: Lauro Sérgio Machado Pereira

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